domingo, 23 de agosto de 2015

Divertida Mente, Homem Formiga & Quarteto Fantástico


Oi gente, tudo bem?

Vim falar brevemente sobre esses três filmes que eu vi essa semana (Divertida Mente eu já vi três vezes, mas não vamos entrar nesse detalhe, né?). Não sou nenhuma crítica, só que eu gosto de cinema então, porque não postar por aqui?

Divertida Mente (Inside Out):



Pixar é Pixar e ela domina meu coração desde sempre. Mas com esse filme ela declarou território eterno. Eu fui com expectativas altas pro cinema depois de tanta crítica boa e ele excedeu. Foi como uma sessão de psicanálise cinematográfica. É um filme tão lindo, colorido e com toda veracidade científica que meus sentimentos não aguentam. Crianças se divertem e adultos também. Algumas piadinhas são claramente para adultos (como a das opiniões e fatos), mas são tão sutis que não perturbam em nada no decorrer da história. Eu ri, eu chorei, ri mais um pouco, chorei mais um pouco e quis abraçar as minhas emoções e as da Riley.


Riley é uma menina de 11 anos que sempre morou em Minessota e que agora tem que se mudar para São Francisco. E essas coisas sempre são difíceis, agora imagina se a sua Alegria e Tristeza se perdem da Sala de Comando e vão parar no meio da sua mente soltas por aí sem saber como voltar? E só no comando quem fica é o Raiva, o Medo e a Nojinho? Doideira falando assim? Pode até ser, mas a Pixar consegue dar conta disso como só ela é capaz de fazer. O diretor, Pete Docter, é o responsável por Monstros S.A., onde nós vimos monstros gerando energia com os gritos de criancinhas. Se tem alguém capaz de ter emoções como protagonistas é essa galera.

Homem Formiga (Ant-Man):



Outro estúdio pertencente à Disney que eu amo: Marvel. Aquela que pegou personagens menores dos quadrinhos e os tornou em gigantes do cinema. Convenhamos, quem é Homem-Formiga? Quem liga pra ele? Todos pensamos isso. Mas ai eu vi o filme. E fiquei surpreendida. Eu tinha lido críticas boas, mas por ainda ter uma cisma com o personagem eu não esperei tanto como para outros. Paul Rudd não envelhece, pensei nisso toda hora enquanto assistia. E o herói, meio anti-herói, faz gracinha sobre ele mesmo, o que é ótimo. O filme tem boas piadas, mas não chega a ser tão engraçado como Guardiões da Galáxia, mas nem é a ideia dele.


Scott Lang é um cara que acabou de sair da prisão e não quer mais nada com a vida de roubar e invadir lugares, ele só quer ser um bom pai para a sua filha. Até o momento em que ele contratado por Hank Pym para roubar e invadir um lugar. Hank Pym é o cara responsável por criar o uniforme do Homem Formiga capaz de encolher devido às partículas Pym, descobertas por ele, obviamente. O filme tem cenas de luta ótimas usando formigas e eu até to gostando um pouco mais delas. Mas nem adianta a Marvel tentar fazer isso com aranhas, que não vai rolar. Formigas são simpáticas, pelo menos.

Quarteto Fantástico (Fantastic Four):



O crucificado pela maioria dessa lista. O filme que eu fui com menos expectativa era esse. Coitado, só via crítica negativa. Mas fui ver, são heróis, eu gosto do Miles Teller... E me surpreendi. Concordei tudo que o Omelete disse nesse vídeo aqui. O filme começa bem, com uma pegada bem ficção científica, só que mais pra frente ele vai se perdendo e tenta ser filme de super-herói muito no final. E ao me ver o clímax é resolvido muito rápido. De acordo com minhas leituras o que deu errado no filme se deu por conflito do diretor com o estúdio o que acabou dando em briga com parte do elenco.


A história começa com o Reed Richards jovem sonhando em construir um teletransportador e ele vai crescer pra ser o nerd gênio que faz isso. O garoto vai ser descoberto e começará a trabalhar junto de outros gênios para construir um transportador para outra dimensão. E vai dar certo. Em partes, já que sabemos que é por conta desse acidente que o quarteto, bem, vira O quarteto. Como eu disse o filme começa sendo uma ficção científica e funciona bem.Gostei da maneira que o filme termina e que não tem aqueles draminhas que os antigos tiveram com a Mulher-Invisível ficando nua em público e coisas do tipo. Na verdade, nesse filme eles nem tem ainda os nomes de Senhor Fantástico, o Coisa, Tocha-Humana e Mulher Invisível. E nem fez falta. Mas o fato do Stan Lee não aparecer fez. E foi ai que deu errado. Brincadeiras de lado, eu curti o filme e espero pela continuação (que já foi confirmada) e que ela seja o filme que o Quarteto Fantástico merece ter.

E vocês, já viram algum filme dessa lista? O que acharam? Algum filme bom para sugerirem? Eu vou adorar assistir e vir comentar depois.

x.o.x.o

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Guia do Intercâmbio: Prós e Contras da Casa de Família


Oi gente, tudo bem?

Eu já falei sobre alguns planejamentos de intercâmbio, ainda faltam outros. Falei também sobre medos e receios comuns. E hoje eu vim pra falar sobre um dos tipos de moradia, um pouco em base da minha experiência e também na de amigos meus.

Já disse que o nome de Bittersweet do blog veio por essa ser a minha palavra favorita em inglês já que, ao meu ver, ela define tudo. Não seria diferente com o intercâmbio, ou morar em uma casa de família. Tem seu lado doce e tem seu lado amargo.

Abaixo eu coloco duas listas que eu fiz uma com as vantagens e outra com as desvantagens. Obviamente que morar em uma casa de família é bem mais do que isso e eu só citei alguns pontos, mas a minha intenção é mostrar um pouco sobre o que vivi. Vale lembrar que não importa qual opção de moradia seja a sua, ela vai ter prós e contras.

Eu gostei de ter morado com uma família no Canadá e não mudaria isso. Então, vamos às listas?




E ai, você vai fazer intercâmbio e está pensando em morar aonde? E se você já fez me conta aonde você morou e como foi sua experiência. Vou adorar conversar com vocês sobre isso.

x.o.x.o

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O que eu levo na minha bolsa de mão ao viajar?

Oi gente, tudo bem?

Voltei de viagem nesse fim de semana e já to com alguns posts planejados para falar sobre ela. Mas hoje eu decidi pegar um pouco da minha experiência em vôos de avião e fiz um mini-checklist com as coisas que eu levo comigo na bolsa de mão.

Obviamente, cada um leva aquilo que é mais importante pra si, mas eu decidi postar aqui a versão básica do meu para ajudar vocês. O checklist foi feito pensando em viagens mais longas e internacionais, claro que é possível adaptá-lo para vôos mais curtos, vai de cada um.

Então vamos ao tal checklist? Abaixo dele eu vou explicar o motivo de alguns itens e mudanças que você pode fazer ao seu gosto.


Toda companhia aérea instrui que itens de valor, dinheiro e documentos tem que viajar com você, pois eles não se responsabilizam e também é mais seguro, né gente? Eletrônicos seguem a mesma regra. Eu sempre tento levar os carregadores juntos para o caso de um vôo atrasar e eu continuar tendo bateria para ler, ver um filme ou só ouvir música. Hoje em dia alguns aviões já tem aceso de tomadas, o que salva vidas. O adaptador de tomada só é necessário em viagens internacionais (nos Estados Unidos, por exemplo, a tomada é aquela de dois pinos retos).

A troca de roupa depois dessa minha última viagem se tornou obrigatória tanto pra ida quanto pra volta (ainda mais se tiver conexões), vôos podem ser cancelados, atrasados e malas perdidas. Então, é uma boa levar pelo menos algumas peças. Como eu sempre viajo de calça, eu gosto de levar uma troca de roupa íntima, meias (se eu estiver de tênis) e uma camiseta extra. São coisas pequenas e que podem ser encaixadas em qualquer cantinho. O par de meia quentinho é pra usar no vôo e dormir confortável, na medida do possível. O casaco é pensando na diferença de estações e também no ar condicionado do avião (e porque eu não gosto do cobertor que eles dão, alguns me deixam com alergia).

Band-aids eu sempre carrego, eu vivo me machucando, então ta sempre comigo. E eu adoro tipos diferentes, vai entender.

Chicletes e balas para aquele possível "gosto de dormido" (pra falar fofinho) que um vôo longo deixa na mais digna das criaturas. E o biscoitinho ou outro lanchinho para os aeroportos caros do nosso país. Ou até pra quando chegar e ficar com fome e não ter que comer no primeiro lugar que vê e acabar se arrependendo.

Cosméticos com menos de 100 mL apenas para os líquidos ou cremosos. Sprays eu sempre evito levar (desodorante, shampoo à seco ou qual for o caso). Se você é das que gosta de estar maquiada ou quer chegar arrumadinha pode levar batons e produtos em pó à vontade. Eu não sou de levar maquiagem, mas gosto de levar um hidratante labial, creme para as mãos e álcool gel (sou desastrada e já me sujei de molho de salada e fiquei sentada no avião sentindo minhas mãos nojentas até conseguir ir no banheiro, nunca mais), uma lixa de unha, alicate eu não levo com medo de jogarem fora por ser cortante. Ainda vou fazer aquele post de O que tem na minha necessaire, e já aviso que é muita coisa.

Espero que essa lista ajude vocês a terem uma ideia do que levarem na próxima viagem. Nem sempre eu levo tudo isso, mas essa aí é minha lista ideal. Qualquer dúvida podem deixar nos comentários e em breve teremos mais e mais posts com tópicos voltados para viagens.

E você, o que leva na sua bolsa de mão? Me conta que eu vou adorar saber e incrementar na minha.

x.o.x.o

domingo, 26 de julho de 2015

Livros para julgar pela capa

Oi gente, tudo bem?


Outro dia fiquei paquerando minha estante (acontece com mais frequência do que eu gostaria de admitir) e me veio a ideia desse post: falar de livros bonitos e que também são boas leituras. Nem sempre tem problema julgá-los pela capa. Escolhi cinco livros e dei preferência aos que não tem resenha aqui ou no meu blog antigo. Então vamos à eles? Lembrando que assim como no último post de lista de livros esse não segue nenhuma ordem específica.

Amy & Matthew (Cammie McGovern):



Acho essa capa simples e muito linda, a lombada dela também é uma graça. Mas vamos ao que interessa, a história. Amy é uma menina deficiente, muito inteligente e com muitas dificuldades, por exemplo, para falar ela usa um computador, estilo Stephen Hawking. Já o Matthew é um garoto que também tem seus problemas e sofre de TOC. Amy, cansada de ser a garota que ninguém fala com ela pois sempre tem um adulto enfermeiro do seu lado decide convencer a sua mãe de que seus enfermeiros sejam colegas da escola. Tudo para ficar mais próxima de Matthew. Então a cada dia da semana, um aluno diferente tomará conta dela, incluindo o Matthew. Não vou entrar em muitos detalhes além disso, mas preciso dizer que a história me conquistou e eu adorei a maneira como, tanto a doença da Amy, quanto o TOC foram tratados ao longo do livro. É uma daquelas rápidas leituras bem gostosinhas de férias (tudo bem que nenhum desses livros eu li recentemente, mas coloquei eles aqui por estarmos no mês de férias).

O Segredo de Emma Corrigan (Sophie Kinsella):



Esse foi o primeiro dessa lista a ter sido lido, então me desculpem se minha memória não estiver tão fresca. Emma Corrigan é uma tremenda tagarela. Segredos não duram muito tempo com ela. Só que dessa vez ela contou tudo para um desconhecido durante uma viagem de avião. Parecia que o avião ia cair e ela tinha muitos segredos e problemas e precisava colocar pra fora. E isso aconteceu logo com um estranho ao seu lado. No entanto, o avião não caiu e agora ela estava viva e uma pessoa qualquer sabia todos seus problemas. Tudo bem, eles nunca mais se veriam. Certo? Errado. Ao chegar no trabalho, Emma descobre que aquele desconhecido era seu novo chefe. O enredo é leve e bem divertido, é Sophie Kinsella, quem já leu algo dela sabe como é (eu não gostei muito de Drinques para Três, mas todos os outros dela que eu li, eu adorei). Admito que eu adoro essa capa por ter um globo de neve com relevo. Amo globos de neve. Também gosto do fato da capa ser simples e em tons menininha.

Garota Online (Zoe Sugg):


Eu (como muitas pessoas nessa imensa internet) amo a Zoella. Quem assiste seus vlogs já sabe que a continuação de Garota Online sairá no final do ano. Então agora é a hora de ler. O livro conta a história de Penny, uma garota que decide começar a escrever um blog, bem daqueles diários, sabe? Onde ela não usa os nomes de verdade. Ela simplesmente é a Garota Online. Uma menina comum atrapalhada e com problemas na escola, convenhamos, igual a todas nós. De repente, ela se vê indo para Nova York na época do Natal devido a um casamento que sua mãe organizará. E lá ela conhece Noah, um garoto fofo por quem ela acaba se apaixonando. Romance gostosinho para ler no fim de semana e ficar esperando pelo segundo livro comigo, hahaha.

Ligações (Rainbow Rowell):



Segunda lista que eu faço e ta a Rainbow Rowell por aqui. Primeiro com Fangirl e depois com Ligações. Ela é o tipo de autora que eu gosto daqueles que escreve livros que funcionam sem continuação (essa vai pra você Meg Cabot, eu te amo, mas por que me deixar pobre com tanto Diário da Princesa?). Eu comecei a ler esse livro sem esperar muito, já que no Skoob ele estava como 3.8 quando eu comprei, mas me surpreendi. E tem coisa melhor que essa? O livro conta a história de Georgie McCool que conseguiu realizar seu sonho de escrever a série de televisão que sempre quis com seu melhor amigo, no entanto essa proposta vem logo antes do Natal, em que ela viajaria com o marido para a casa da família dele. Enquanto fica em Los Angeles para trabalhar ela começa a perceber o risco pelo qual o casamento ta passando e todos os problemas que ela e Neal tem. Será que casarem foi o melhor para ele? De repente ela consegue conversar com o Neal do passado, aquele com o qual ela namorava e que em breve a pediria em casamento. Será que ela deve terminar tudo entre eles naquela época? O livro me prendeu do começo até a última página e essa capa me ganhou. Na foto não apareceu direito, mas ela tem um tom de cinza bem suave que se mistura com rosa na lombada e deixa tudo muito lindo. Adoro livros que tem a capa bem cuidada e sutil.

Existem Tesouros em Todo Lugar (Bill Watterson):



Não podia falar de capas bonitas sem falar de Calvin e Haroldo. Eu amo as tirinhas e já tenho uns 3 livros deles (obrigada, prima linda por sempre me dar livros lindos!). Esse livro foi escolhido com a ajuda do meu namorado, por que eu fiquei em dúvida entre esse e O Mundo é Mágico, esse é tão colorido com tons de outono que acabou vindo parar aqui. Não dá pra explicar muito, acho que todos tem uma ideia, né? Calvin é um garoto bagunceiro, inteligente, que não gosta de todas as coisas que garotos não gostam. E Haroldo é seu tigre de pelúcia que só o Calvin vê como um tigre falante e também muito esperto. A imaginação de Calvin não tem limite e eu sempre dou pelo menos um sorriso ao ler as tirinhas. Tem umas que já me fizeram chorar de rir. Outras parecem definir a minha vida. É o tipo de coisa que me deixa bem quando aparece no feed do meu Facebook e escrevendo esse post eu comecei a colocar algumas imagens lá no meu Pinterest (já tá seguindo? To sempre por lá).

E ai, já leram algum desses livros? Ficaram com vontade de ler algum? Deixem nos comentários. Acho que to gostando de escrever mais esse estilo de post de livros em lista do que resenhas. O que vocês acham? Na minha opinião, fica mais leve e parece fluir melhor. Espero que tenham gostado.

x.o.x.o

P.S.: Todas as fotos desse post foram clicadas pelo meu namorado. Para verem mais foto é só irem lá no Facebook dele.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Medos e receios do Intercâmbio

Oi, tudo bem?

Esse post já ta em produção tem um tempo, queria manter postando na sexta sobre intercâmbio, mas essa semana vai ser diferente, ta? Espero que gostem.

A ideia desse post veio durante uma conversa com meu namorado (Obrigada, amor!) e muitas vezes quando eu converso sobre intercâmbio com as pessoas elas dizem que eu sou muito corajosa e que elas não seriam capazes de fazer o mesmo que eu. E para mim isso é algo estranho a se pensar, pois fazer um intercâmbio sempre foi um sonho então não necessitou de tanta coragem assim. Foi mais vontade de realizar, de me transformar, reformular a minha vida.
Esse post não é muito um guia, é mais uma conversa e quem sabe o empurrãozinho necessário?

Muitas pessoas tem a mania (sim, mania) de colocar barreiras e obstáculos para tudo, principalmente para realizar sonhos. Mas pensa comigo, do que adianta se impedir, se privar, o que você vai ganhar? Provavelmente, um grande arrependimento. E hoje eu venho aqui para contornar todos esses obstáculos que você ta impondo no caminho do seu sonho! Se você realmente quer fazer algo, corra atrás, não deixe o medo te impedir e nem aqueles "e se?"

Meu intercâmbio me ensinou isso

"E se eu sentir muita saudade de casa?"

Se você não sentir tem algo errado. Sentir saudades é normal, na minha opinião é o sentimento que movimenta as pessoas. Se faz falta é porque importa. Sua família importa, seus amigos importam. Sim, no começo é assustador, você percebe o tamanho do mundo e o quão insignificante a gente é no meio de tanta gente, mas essa sensação passa. Você começa a conhecer pessoas e lugares que você nunca conheceria se não tivesse saído da sua zona do conforto. Nesse post aqui eu falei brevemente sobre o meu diário de viagem e que ele tinha recadinhos dos meus amigos e familiares e cara, foi isso que me manteve sã alguns dias. Escrever nesse diário nos dias ruins também ajudava, quando a saudade ficava maior que tudo, colocar os sentimentos no papel e até chorar um pouco aliviava. Não seja uma dessas pessoas que vai sofrer no facebook, ainda mais quando você ta em outro país, não traz nada de bom. Sua família e amigos ficam preocupados e outras pessoas ficam julgando que você invés de curtir ta sofrendo, vi situações assim acontecerem e não fez bem nenhum pra saudade de quem escreveu. Hoje eu olho pra trás e sabe do que eu sinto falta? Da minha vida lá, de não ter feito mais do que fiz, de não ter tirado mais fotos, sinto falta de como eu me sentia feliz, independente e livre.


"E se eu não me der bem com a família/colegas de casa?"

Algumas pessoas optam por morar em casa de família (tipo eu), outras vão morar em apartamentos com outros estudantes, mas pelo menos na minha escola você pelo menos passava um mês na casa de família. Se você não se deu bem com a família, não se sinta mal de procurar alguém (ou da sua escola ou que arrumou o seu programa) para mudar de casa. Ou se você não quiser sair da casa que você está, sinta-se livre para conversar com a família sobre o que te incomoda. Alguns dias eu tive dores de cabeça com a minha host family, mas quando eu precisava eles estavam lá pra mim, como no dia em que eu fiquei doente, ou quando não fui bem numa entrevista de emprego e até mesmo quando a saudade de casa era maior do que nunca. Você não será colocado numa família que não se encaixe com você, normalmente é preenchido um formulário onde perguntam sobre a sua rotina aqui, restrições alimentares, se prefere casa com ou sem crianças ou animais, tudo para tentarem arrumar a melhor opção possível para reduzir o choque de estar no meio de outra família. Vai que você e sua host family se completam e de quebra você ganha uma família em outro país para sempre ter contato? E perder isso pelo medo? Acho que não.

Eu e minhas amigas coreanas. I miss you, girls, so much! Love you all!
"E se eu não fizer amigos?"

Relaxa que sempre tem pessoas chegando na mesma data e assim como você elas estão nervosas e querendo fazer amigos. Pode ser que demore um pouquinho a ter um grupo maior de amigos, além do fato que a relação vai ser um pouco diferente das daqui, muitas vezes são pessoas de nações diferentes, culturas e tudo muito variado, mas nem por isso são amigos piores. Os amigos que eu fiz no meu intercâmbio moram pra sempre no meu coração, mesmo não falando tanto com eles eu tenho memórias de momentos únicos que só eles poderiam me dar. Se não fossem minhas lindas amigas coreanas eu jamais saberia o que pedir em um restaurante típico, talvez nem iria se não fossem elas, e esse foi um dia hilário e inesquecível. Esteja aberto a pessoas novas, não fique se prendendo a sua vida daqui, se dê o direito de viver. Meu pai vivia me dizendo pra esquecer um pouco do Brasil e me entregar ao Canadá. Nem sempre é fácil, mas se você não tentar nunca vai acontecer.


"E se eu não gostar do lugar?"

Pesquise, pesquise muito! Na era da internet isso é muito fácil. Antes de definir pesquise sobre a cidade, o país, se você tem dinheiro para sobreviver lá, vale até fazer aqueles testes de "qual a sua cidade". Não vá só porque alguém fala muito sobre um lugar. Muita gente fica curioso com Vancouver por minha causa e olha que essa nem foi a minha primeira opção, meu sonho era ir pra Londres! Mas fazendo as contas com meu pai ele disse que daria pra pagar ou três meses em Londres ou oito no Canadá. Eu fui fominha e quis passar oito meses. Na boa, não trocaria Vancouver por nada. Deixa o destino influenciar um pouco, você pode se surpreender e muito. E se você chegar no seu destino e não for como você esperava, converse com colegas, com nativos e quem mais tiver para descobrir programas diferentes, saia com as pessoas para lugares inesperados. Na minha escola tinha uma pessoa responsável sobre passeios pela cidade e às vezes eu sentava com a Jordan (a tal pessoa responsável por isso) e pegava várias dicas de lugares para visitar, restaurantes, comidas, tudo que ela tinha pra falar eu ia absorvendo! Participe de clubes! Na minha escola tinha o Photo Club onde a gente saia com um professor pela região próxima a escola para conhecer lugares e fotografar. Descobri lugares lindos que eu jamais acharia se não fosse esse tipo de coisa.


"Mas e a minha vida aqui?"

Tudo depende do tempo da sua viagem. Três meses é mole de aguentar, passa que nem sente. Seis meses já pesa mais um pouco, mas é só metade do ano. Nós já estamos no mês seis de 2015, parece que já se foi todo esse tempo desde o ano novo? Nenhum tempo é tão impossível assim. Mas é aquela coisa, tudo já tem que ser resolvido de antes, bem pensado. Seus compromissos daqui estão sobre controle, não estão? Então desapega um pouco. E qualquer coisa, volto aquele velho ponto: estamos na era da internet. Dá pra resolver qualquer problema à distância.


"E meu namoro?"

Sua viagem não surgiu de repente, ela foi planejada. Logo, você e seu namorado (ou namorada, marque sua opção por aqui) já conversaram sobre isso. Se decidiram continuar o namoro vai ter que ter compreensão, paciência e ciúmes sob controle. Caso você ai lendo seja a pessoa que fica no Brasil, não seja aquele chato que reclama que seu parceiro só fala das pessoas de lá ou da cidade em que ele está. PELO AMOR DE DEUS! A vida da pessoa está no outro país! É óbvio que tudo que ela tem pra falar se trata disso. Mostre interesse pelo que ela ta vivendo, não seja o mala que faz bico a cada vez que ela fala disso, e isso vale se você é amigo também, ta? To de olho em vocês. Mas dando pausa no esporro básico e voltando ao que interessa: conheço casais que ficaram bem à distância, outros que nem tanto. Lembrem-se que isso é temporário, é um investimento na vida de um de vocês. A pessoa que ficou pode ir tentar visitar o outro dependendo do tempo de viagem. O que também pode acontecer é vocês optarem por dar um tempo ou terminar antes da viagem acontecer. Se esse for o caso ou se o seu namoro acabar enquanto você tá no intercâmbio não passe o tempo todo sofrendo, ai você ta jogando dinheiro fora. Te dou o direito de chorar um ou dois dias, depois ocupa sua vida na viagem e se quiser ou precisar deixa pra sofrer quando voltar. E agora voltando a dar bronca no namorado que fica: se você terminar quando a pessoa estiver perto de voltar ou falar que ta se sentindo muito sozinho no Brasil, eu juro que eu quero te bater. Isso não se faz! Estive do lado de pessoas que tiveram esse término e é cruel. A pessoa ta em outro país! Não se faz esse tipo de coisa! E também nada de trair, né? Vamos ter respeito com as pessoas. Exceto se você e seu namorado tiverem concordado de manter uma relação aberta, mas ai é outra história.


"E meus amigos?"

Vou admitir, pra mim essa foi uma das dúvidas maiores. Vou explicar, eu ia ficar oito meses longe, em vida de faculdade esse é o tempo de dois períodos. Isso é muita coisa, mas pensando friamente, minhas preocupações eram mais com o momento em que eu voltasse. Eles ainda seriam tão meus amigos assim? Eu voltaria para a faculdade tendo que fazer novos amigos, de novo já que a minha turma estaria dois semestres à frente? E meus amigos de fora da faculdade? Poxa, eu já via eles menos do que antes e ainda passaria tanto tempo longe? Eu estava me sabotando sem perceber, mas depois de muito conversar com as pessoas e até refletir sozinha eu cheguei a conclusão que se um intercâmbio fosse me fazer perder amigos, eu não era tão importante assim para eles como eu imaginava. E isso é verdade, sim, eu voltei e alguns amigos se afastaram, pois eu só falava do meu intercâmbio, ou até que eu estava me achando melhor do que quem ficou (sério, eu ouvi essa de uma grande amiga na época), mas outros amigos ficaram mais amigos durante a viagem ou até quando voltei. Pessoas que eu não esperava faziam questão de falar comigo no Skype sempre que possível e outras marcavam de me ver várias vezes logo que eu voltei. Algumas pessoas se afastam da gente em diversos pontos das nossas vidas, mas outras aparecem e uns que você não levava tanto em consideração se mostram amigos maravilhosos e eles não ligam se você ta longe, eles se preocupam com você! E isso é um amigo de verdade. Se a pessoa não consegue ver você realizar um sonho, me desculpe, mas não é amigo. E na minha experiência, a volta não foi tão "traumática" como eu me preocupava. Sim, eu fiquei de fora de muitas histórias e piadas internas, mas eu também vivi as minhas e com o tempo eu já estava no meio das novas histórias com os meus amigos.


"E se eu quiser voltar antes?"

Okay, você foi, passou um tempo, relutou, tentou ver as coisas de maneira diferente, mas ainda assim quer voltar? Primeiro pensa a quanto tempo você ta ai? Se for por em torno de um mês, espera, as coisas podem melhorar. Alguns amigos meus saíram daqui em janeiro e ao chegar em Vancouver no inverno, frio com dias mega curtos ficaram assustados. O choque é grande e eles pensaram em voltar correndo, mas se acalmaram e ficaram. Acabaram ficando até o final. Controla a ansiedade se a vontade de voltar começar a bater. Sei que existem casos bem graves e esses são outro nível, mas se o seu caso é por algo pequeno, segura a onda, tenta fazer novos programas, novos amigos e vê se melhora. Se outros meses passarem e nada for solucionado, ai sim pode ser que esse tipo de vida não seja para você.

Saudades de casa todo mundo tem, sempre tem um dia que você quer jogar tudo pro alto e ir embora. Só que temos que ser sensatos e colocar a razão para falar mais alto que o emocional. E nunca, pra nada na sua vida, deixe o medo falar mais alto e te impedir de fazer algo que seja um sonho. Vai por mim, o arrependimento de não ter feito é um peso muito grande para carregar. E fazer um intercâmbio nunca vai ser um arrependimento, é algo bom, gigantesco e maravilhoso demais para gerar sentimentos ruins.

Não to dizendo que meu intercâmbio foi perfeito. Ele teve altos e baixos, uns bem baixos até. Mas eu to viva e aprendi muito mais do que só inglês. Hoje, com a experiência que tenho, algumas coisas seriam feitas bem diferentes. Mas se certas coisas não tivessem dado errado eu não saberia como fazê-las diferentes e nem poderia dar tantas dicas aqui para vocês, né?

Espero de coração que tenham gostado. Escrevi esse post com muito amor e qualquer dúvida, medo ou receio que tiverem podem deixar nos comentários ou até mesmo me mandar um e-mail que tentarei ajudar da melhor maneira possível.

x.o.x.o

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O Diário Secreto de Lizzie Bennet (Bernie Su & Kate Rorick)

Oi gente, tudo bem?

Depois de um período de ausência eu decidi voltar e falando de algo que eu gosto: livros. Teremos uma mini maratona de resenhas para dar ideias de livros para vocês lerem nas férias e também para tentar comentar dos últimos livros que eu li. Além, é claro, daqueles que eu lerei nas minhas férias também e que virão parar aqui.

O primeiro é, como vocês podem ver no título, O Diário Secreto de Lizzie Bennet. Que para os que não sabem é adaptação da web série The Lizzie Bennet Diaries, que por sua vez também é uma adaptação do clássico Orgulho e Preconceito. Tem post aqui no blog falando dele, já viram?


Bem, como eu disse o livro é um adaptação da websérie, na verdade ele se passa junto, contando em mais detalhes os acontecimentos e todo o por trás e coisas que aconteceram mas que ficam escondidas dos vídeos pelo bem de outros personagens além da Lizzie.


Mas vamos explicar a história. A Lizzie é uma aluna de pós-graduação de Comunicação que decide lançar vídeos diários como projeto do curso. A ideia dela era só conversar com a câmera sob o que acontecia na sua vida, com a sua amiga Charlotte a ajudando nas edições. No entanto, o ano em que o projeto é feito é completamente fora do normal da vida dela. E ela conta tudo que acontece. No livro ela explica mais a questão do motivo dela falar de coisas tão pessoais, ao invés de omitir, como a maioria faria e esse é um ponto positivo.


Eu adoro a maneira como um livro do século XVII pode ter uma história adaptada para algo tão real e próximo dos nossos tempos. Adoraria ver isso acontecendo com outros clássicos, tanto da Jane Austen como de outros autores.


Por ser um diário, a gente não tem uma descrição física de muitos personagens, mas por sorte temos a série além de algumas fotos na capa, contra capa e orelha do livro que ilustram isso. Como essa acima com as irmãs Bennet e a Charlotte. Os personagens coadjuvantes são uns lindos e eu adoro vários deles, como o pai da Lizzie, a Lydia (no começo nem tanto), o Bing, a Gigi... E nem me deixe começar a falar do Darcy, eu amo o Darcy em todas as versões de Orgulho e Preconceito. Se eu não conseguir amá-lo, eu não vou gostar da adaptação.

Meu aniversário! E tem uma carta nele!
A diagramação do livro é muito bem feita, com pedaços do que seriam diálogos transcritos dos vídeos e cartas presos por fitas, bem como um diário normal. Além de desenhos e diagramas feitos pela própria Lizzie. Eu adoro esse tipo de cuidado com os livros e me divirto lendo diários (mesmo que eu nunca consiga manter um). O livro também vem com um marcador para cortar de uma das orelhas. To amando essa moda de ter marcador de página, mas eles podiam ser de destacar por que eu sou muito ruim com uma tesoura.


Devorei o livro durante o fim de semana e aproveitei que ele tava em promoção na livraria quando comprei na sexta. Então, fica a dica de leitura e série para vocês assistirem agora nas férias, ou a qualquer momento para quem não está de férias. Sempre dá pra ler um pouquinho por dia, ou antes de dormir ou no trajeto do ônibus, na fila do banco, qualquer momento cabe um livro. Se gostaram da resenha deixem nos comentários e se tiverem algum livro para me indicar é só falar!

domingo, 12 de julho de 2015

Filmes da Semana: A 100 Passos de um Sonho

Oi gente, tudo bem?

Estou com a ideia de a toda semana que eu assistir a algum filme vir resenhar nos domingos. O que acham?

A 100 Passos de um Sonho:


The 100 Foot Journey

O filme conta a história de Hassam Kadam, que desde pequeno aprendeu a cozinhar com sua mãe as comidas típicas da Índia. Até que depois de um incêndio que destruiu o restaurante da família e tirou a vida da sua mãe, Hassam, seu pai e seus irmãos conseguiram abrigo na Inglaterra. Mas depois de algum tempo acabam decidindo sair do país e tentar abrir um novo restaurante indiano em outro lugar da Europa. E por acaso acabam ficando em St. Antoin, uma cidadezinha muito fofa no sul da França. O pai de Hassam decide abrir seu restaurante indiano no país com mais orgulho de sua cozinha, e para juntar mais conflitos de frente para um restaurante clássico francês.
Madame Mallory, a dona do restaurante francês a 100 passos do indiano, não fica nada feliz com isso e uma guerra vai começar entre os donos dos restaurantes. Enquanto Hassam vai se apaixonando pela cozinha francesa, mas colocando seu toque indiano nos pratos.

The 100 Foot Journey

Esse é um daqueles filmes que te deixa com fome ao assistir e me faz querer sair cozinhando loucamente. É uma delícia de assistir num dia tranquilo e só ficar se encantando com os cenários e querendo provar cada um daqueles pratos. Depois de ver esse filme, fiquei com vontade de morar numa cidade com St. Antoin que parece ter vindo de algumas décadas atrás e cozinhar todos aquelas comidas francesas e indianas. Além de ficar querendo todos os vestidos da Marguerite, cada um mais lindo que o outro (o azul de bolinhas é o meu favorito).
Ah, e o filme tem ninguém mais ninguém menos do que Steven Spielberg e Oprah Winfrey como produtores, ta bom pra você?



Esse post já tava nos rascunhos só esperando pra ser postado. Mas nas próximas semanas eu estarei de férias e poderei resenhar mais.

x.o.x.o

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Planejando o seu Intercâmbio: 1 mês antes

Oi, tudo bem?

Depois de muito enrolar e demorar voltei pra dar continuidade a série Guia do Intercâmbio. O post de 1 ano antes já foi ao ar e você pode vê-lo clicando aqui! Outros posts virão e eu aceito (e quero) o máximo de sugestões e dúvidas possíveis.

Bem, no post anterior eu dei todas as dicas do que você deve fazer com o máximo de antecedência possível, podendo ser mais ou menos que um ano. E esse aqui vai seguir a mesma lógica, o "1 mês" é mais ilustrativo, digamos assim, mas você pode fazer essas coisas em mais ou em menos tempo.

Você com certeza já sabe para qual país você quer ir então a gente precisa conversar sobre aquelas coisinhas técnicas e chatas, mas que são essenciais pra você sair do país. Sim, os documentos.


Documentação:

Para cada país a papelada necessária será diferente e terá prazos diferentes, então esse é o tipo de dica que é bom fazer com mais de um mês. O país que você vai precisa de visto? Para estudar tem um específico ou vale o de turismo? E se você for trabalhar? Precisa de exame médico? Ou vacina?
Uma dica de ouro: não siga ao pé da letra o que alguém que já fez intercâmbio disse para você fazer. Leis mudam. Por exemplo, quando eu fui pro Canadá era necessário um visto de estudo e um de trabalho e se você fosse passar mais que seis meses era necessário fazer exames com um médico credenciado. Hoje já é bem diferente, você não pode mais trabalhar e o visto de estudo não é mais necessário, se você vai estudar o visto de turismo é o usado. Viu como mudou? E não tem tanto tempo que eu fui. Então sempre procure nos sites mais atualizados possíveis, de preferência no site do governo do país.
Ah, e sempre cuidado com greves no correio, você não quer perder sua viagem por algo tão bobo, né? Então sempre fique atento a essas situações na hora de emitir seu visto. E também não faça como eu que deixou para a última hora e passou um tormento sem fim. Eu iria viajar na sexta e meu passaporte só chegou com o visto na quarta! Não tinha pessoa mais tensa do que eu e mãe mais nervosa do que a minha. Ouça meu conselho, não faça essas burradas. Se adiante, mande tudo certinho, leia os protocolos vinte vezes, peça para outra pessoa conferir, envie com antecedência e poupe seus nervos e coração.


Clima:

Essa é a hora de pesquisar no Sr. Google qual a temperatura média nos anos anteriores da época em que você estará viajando. Para finalidades de: mala! Vai estar frio? Calor? Chove muito? Neva? Ou é deserto feelings?
A preocupação maior é sempre com o frio, principalmente para brasileiros de lugares quentes, eu sou carioca e calorenta, então eu não tenho casacos resistentes. Mas minha tia é paulista e me emprestou alguns. Você tem alguém de quem pegar emprestado? Ou vai ter que comprar? Leva pelo menos um, não vai nessa de comprar quando chegar lá, vai que você não acha algum que te agrade ou de um preço razoável. Ninguém merece ficar congelando por algo tão bobo. Outra coisa sempre boa de levar é guarda-chuva, uma sombrinha custa uns R$10 e é pequena então nem incomoda muito na mala, e nunca se sabe se vai chover antes de você ter tempo de comprar um. Então, gaste seu dinheiro lá com coisas mais interessantes. Se seu destino estará numa época quente e sem chuva, ai é só sucesso, mas mesmo assim não custa levar certas coisas de garantia. Mas não exagera que nem eu que levou um zilhão de coisas com medo do apocalipse zumbi acontecer. Por exemplo, eu sabia que eu ia pegar o verão de Vancouver no meio do intercâmbio, ai levei um biquíni. Usei de teimosa por baixo da roupa quando ia passear na praia, porque batia um ventinho gelado que não me deixou ficar igual nas praias do Rio.


Passagem aérea:

Já tem sua passagem? Essa é outra coisa que quanto antes, melhor e nesse caso, mais barato. Se seu voo for com conexão, não faça uma curtinha, sempre existe a chance de atrasos, aeroporto cheio, ter que passar pela imigração... E não tem coisa pior do que correr pelo aeroporto e perder seu voo.
Tenha sempre atenção com as especificações da companhia aérea, quantidade, peso e tamanho da bagagem variam de empresa para empresa e de trajeto nacional para internacional. No site da companhia tem todas as informações necessárias, por isso leia e aprenda seus direitos para poder questionar caso algum problema aconteça. Ah, se pesar suas malas em casa é bom não estar com o peso muito perto do limite, pois a sua balança pode dar diferença para a do aeroporto e cara, excesso de bagagem é um absurdo de caro. E também, você vai comprar coisas lá, não faça igual essa aqui que levou duas malas cheias e depois teve que comprar uma terceira para dar conta de tudo.


Hábitos e programações:

Juntei esses dois tópicos para não deixar o texto muito gigantesco, o que ele já vai ser, mas queria dar uma minimizada.
Quem vai viajar sempre gosta de ler tudo possível sobre o destino, eu pelo menos sou assim. Procure passeios turísticos e aqueles não tão óbvios, como você vai passar mais tempo do que o mero turista pode tentar ir em dias menos cheios ou até mais baratos. Novamente eu com meus exemplos: em Vancouver alguns museus bem legais ficam mais baratos em alguns dias da semana ou a partir de um certo horário e não tem nada mais divertido do que passear em locais não tão cheios ou naqueles que os turistas não vão. Aproveite! Domine a cidade! Conquiste-a, explore-a, se apaixone por lugares incríveis, seja feliz! Olha, eu tive muitas dores de cabeça durante meu intercâmbio, mas uma coisa que eu posso dizer com toda a certeza do mundo é que eu fui feliz e que eu amo Vancouver de todo o meu coração, porque aquela cidade virou meu lar.
Mas tome cuidado para não dar certas mancadas. E as mancadas que a maioria das pessoas dão são em relações aos hábitos. É um país totalmente diferente do seu, então cuidado e atenção, pesquise sobre isso, certas coisas só se aprendem vivendo, mas outras já foram explicadas por alguém na internet. Exemplo da tia Déh: em Vancouver, você não precisa fazer sinal pro ônibus, se tem alguém no ponto da rota dele, ele vai parar. Canadenses tem um espaço pessoal maior que brasileiros e não ficam muito próximos um do outro para conversar nem nada do tipo, tanto que dificilmente você verá um transporte público lotado como os daqui, eles não entram no trem se ele está muito cheio, o próximo vem em alguns minutos eles podem esperar. E canadenses são muito pontuais e educados, num nível assustador em relação ao nosso país. Essas coisas eu já tinha lido na internet, então poupe-se do mico. Óbvio que eu paguei micos e muitos, mas os que a gente pode minimizar, a gente minimiza, né?


Bagagem e o que levar:

Como eu disse anteriormente, você já pode descobrir tanto o clima como quantas malas você pode levar. Então essa é a hora de providenciar tudo, não é para já fazer as malas, mas ver se a mala que você tem serve, ou se você precisará de algo que você ainda não tem. Essa é a hora de ir às compras com calma. Já vá fazendo um checklist mental do que você precisa levar e anote o que precisa ser comprado ou consertado. Se você tem um casaco de frio que quer levar, pode ser bom conferir se ele está num bom estado e lavar caso ele fique muito tempo guardado. Você vai precisar levar material para estudar? Se você morar em casa de família, vai levar presentinhos?Travesseiro de pescoço para o voo? Já dê uma pensada nas roupas que você pretende levar, confira se estão todas no esquema, evite de usar essas quando estiver perto da viagem para não levar nada sujo ou não poder levar.
Uma coisa que eu fiz foi um diário de viagem, então encomendei um caderninho lindinho que é meu xodó e pedi para os meus amigos deixarem recadinhos nas primeiras páginas e só li no avião, chorei litros e sempre relia quando queria matar a saudade. Além de escrever algumas das minhas aventuras. Um erro meu foi não ter escrito todos os dias, ficava de preguiça e hoje muitas coisas só estão na memória e elas não vão durar para sempre, infelizmente.


Em breve teremos o post para 1 semana antes da viagem! Esse post não ficou bem como eu gostaria, mas em breve eu posso atualizar ele. Deixem nos comentários o que vocês acharam e suas perguntas, vai que ela não vira o tema de uma postagem?
É isso, galera, obrigada por lerem até aqui! E foi escrevendo esse post que eu percebi quantas situações complicadas eu passei em aeroportos e aviões. Sim, todas as dicas foram escritas em base de experiência própria. Mas não se preocupem, eu farei um post dando dicas sobre isso e vocês serão poupados dos problemas que eu já vivi.

x.o.x.o

P.S.: Todas as imagens foram retiradas do We Heart It. Um próximo post de intercâmbio pode ter algumas das minhas (muitas) fotos, o que acham?

quarta-feira, 27 de maio de 2015

A Herdeira (Kiera Cass)

Oi gente, tudo bem?

Eu sei que eu to bem sumida, a última postagem foi em maio, mas eu decidi voltar a escrever sem uma frequência definida. Vou fazendo e veremos no que dá.

Então aqui estou eu para fazer a resenha do livro mais recente que eu li: A Herdeira, o quarto livro da série A Seleção.

Essa resenha conterá spoilers dos livros anteriores, se ainda não terminou de ler A Escolha vai lá, leia e depois volte aqui.


A Herdeira se passa 20 anos após o final de A Escolha e como o próprio título deixa claro, saberemos a história da filha de America e Maxon. Muita coisa aconteceu em Illéa nesses anos, inclusive a abolição das castas, no entanto as coisas não estão tão boas quanto o esperado depois de todo esse tempo. E por isso haverá uma nova seleção, dessa vez para escolher o príncipe consorte da futura rainha, Eadlyn.


Agora vamos falar da Eadlyn, gente do céu, como essa garota me irritou. No começo do livro a minha vontade era socar ela, mas com a leitura a situação foi melhorando, os selecionados foram melhorando a história e a cada momento com o foco nos personagens antigos eu me derretia, Maxon e America sendo fofos foi o que me segurou por um tempo. De repente, quando eu me dei conta, já estava agarrada no livro lendo loucamente. Essa mania da Kiera Cass de escrever de uma maneira que vai prendendo a gente é um ponto bom no livro, ao mesmo tempo que é ruim, mais na frente eu explico isso.


Admito que certas coisas me incomodaram: primeiro, a protagonista é muito mimada e egocêntrica. Okay, faz sentido considerando que ela é a filha mais velha do casal e vai ser rainha, mas ela precisa ter o lema de que ninguém é mais poderoso que ela? Considerando que ao longo do livro ela vai percebendo que ela não é tudo isso a minha expectativa é que para o próximo ela esteja melhor.

Sim! Vai ter um próximo livro! E é ai que o lado ruim da escrita que prende da autora entra. O quinto livro ainda não tem data de lançamento e esse livro termina meio desesperador, pelo menos foi assim pra mim. Existe um contrato não escrito entre autor e leitor que diz que ele não pode te deixar cozinhando na angústia de um final tenso por muito tempo. Brincadeiras à parte vamos ao restante da minha opinião sobre o livro.

Alguns dos selecionados são muito cativantes, mas ainda não me apeguei muito a nenhum, talvez pelo fato da própria Eadlyn não dar muita abertura para a proximidade deles. Gostei dos momentos com aspectos do dilema político se desenrolando ao fundo e como a princesa vai percebendo que ela não tem tanto controle das coisas como ela imaginava. Duas cenas fora do castelo, que eu não vou falar quais para não dar spoilers, estão entre as minhas favoritas, uma logo no começo da seleção, onde rola um drama e uma outra mais pra frente que só é fofa de ler e visualizar todos aqueles personagens juntos e descontraídos.


Eu terminei de ler esse livro já tem uns dez dias e fiquei pensando se escrevia essa resenha ou não por um motivo bem grande: a minha implicância maior com o livro. Esperei pra ver se ela passava, mas ela não passou e eu decidi escrever aqui mesmo assim.

A Herdeira se passa 20 anos após A Escolha e isso é muita coisa, considerando que o terceiro livro foi lançado no ano passado! Eu não queria saber da filha do casal, eu queria acompanhar a vida da America e do Maxon, o começo do casamento, dissolvendo as castas, tendo os filhos. Não a filha com dezoito anos. Entendem o que eu digo? Então eu comecei a leitura esperando por muitos momentos fofos entre o casal pelo qual eu torci nos livros anteriores e não foi isso que eu tive. Eles aparecem em algumas cenas, assim como outros personagens, mas a Eadlyn não liga muito pra eles. Ela mal sabe da seleção dos pais! E ao longo da história dá pra perceber que foi por completo desinteresse dela. Então, como tudo se passa no ponto de vista dela, a gente fica preso aos momentos dela tanto sozinha, como com os selecionados, como com a família.

Na minha opinião, eu acho que o melhor seria ter tido um livro com a história do começo da vida de casados, para depois partir para a história da herdeira. Ainda to na torcida para esse livro acontecer. Enquanto ele não acontece eu me agarro firmemente às cenas em que America a Maxon aparecem no ponto de vista da filha.


Sei que as últimas coisas que eu escrevi podem desestimular a vontade de alguns de ler o livro. E não quero que isso aconteça! Leiam o livro, se divirtam, pois é um bom livro, mas não comecem a leitura, como eu, com expectativa de ter o romance do passado.

Se você leu o livro, me diga nos comentários o que achou, sem dar spoilers e se você está na vontade de ler me dê a sua opinião sobre a resenha e o que você espera desse livro.

x.o.x.o

quinta-feira, 5 de março de 2015

5 livros independentes que merecem sua atenção

Oi gente, tudo bem?

Eu tava em dúvida se falava sobre esse assunto em formato de post ou vídeo, mas como vocês já viram eu decidi ficar no texto mesmo. Mas em breve o blog vai ter um canal no youtube e ai gravarei muitas tags e vídeos divertidos.

Então vamos lá, livros que eu chamei de "independentes" são aqueles que não tem uma continuação (pelo menos não até o momento em que esse post foi ao ar) o que por um lado é ótimo, pois é uma economia de dinheiro, mas se você se apega aos personagens é só aquilo ali e pronto. Nesse post tem todo tipo de livro: um curtinho, um engraçado, um clássico, um romance nerd e um livro australiano!

Os livros não estão em nenhuma ordem específica, nada de top 5 ou coisa do tipo, é só uma lista mesmo.

Orgulho e Preconceito (Jane Austen):


 Eis o livro clássico dessa lista! Esse foi o primeiro livro da Jane Austen que eu li (e infelizmente o único até o momento) e por coincidencia o primeiro sorteio que eu ganhei. Foi um sorteio no blog da Melina Souza que rolou alguns anos atrás e eu fui a sortuda a ganhar! O livro é maravilhoso e o fato de se passar séculos atrás não o torna chato ou antiquado. A história a maioria conhece, ou pelo filme, série de TV ou até a série do youtube The Lizzie Bennet Diaries (se você não viu ainda vai assistir porque é muito divertido e tem até legenda em português, além de ser curtinho, nada de desculpas). E se você não se apaixonar pelo senhor Darcy eu te pergunto: "qual o seu problema?"
O livro não é só uma história de amor, tem diálogos excelentes, uma dose de humor e ironia que eu adoro, sem contar os personagens cativantes e o quanto me deixa com vontade de viver pelo menos um pouquinho aquela situação toda.

A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista (Jennifer E. Smith):



Esse livro é curtinho, mas tão fofo e apaixonante que é impossível não devorar ele rapidamente. Sabe aquele domingo sem graça em que você não quer fazer nada? Dê uma chance a esse livro, se encante e se apaixone. A maior parte do livro se passa durante uma viagem de avião entre Nova York e Londres onde duas pessoas se conhecem ao acaso, sentam lado a lado e conversam sobre tudo enquanto voam o Atlântico, nada de mais né? Mas ai você começa a se envolver e fica ansioso pra saber como tudo vai se resolver no final. O livro tem pouco mais de 200 páginas e pra mim isso é a leitura do dia. E por favor, vamos falar dessa capa linda? Eu sou apaixonada por essa e pela versão original. Ao escrever esse post eu acabei descobrindo que vai virar um filme, ou seja, corre pra ler!

Bela Maldade (Rebecca James):


Tanto a autora do livro quanto o local em que a história são da Austrália. Foi o primeiro livro que eu li de ambientação australiana e acho que o primeiro thriller também. Eu comprei o livro pois ele estava em promoção na FNAC por R$5,00 e ai eu decidi arriscar a sorte e acabei me surpreendendo com o desenrolar dele. Depois de uma tragédia que devasta a família de Katherine ela se muda e decide viver a vida sem que as pessoas saibam o que aconteceu e então ela conhece a Alice que parece ser uma amiga perfeita. Obviamente que as coisas não são tão bonitas assim e Katherine começa a conhecer o lado cruel da amiga e tenta se afastar, mas ela percebe que a Alice não é o tipo de pessoa que sai fácil da sua vida. Se você é do tipo que, como eu, tenta experimentar livros novos e se arriscar em novos gêneros eu acho esse um bom suspense com uma leitura fácil.

O Teorema Katherine (John Green):


É claro que teria que ter John Green nessa lista. Por vários motivos: primeiro que eu sou uma nerdfighter, segundo que todos os livros dele lançados até o momento são independentes, sem contar que eu me divirto muito lendo. Esse foi o primeiro de todos os livros do John Green que eu li e eu me apaixonei, eu dava risada lendo, consegue imaginar alguém chorando de rir sentada no aeroporto sozinha com um livro? Prazer. Até o momento esse é o único dele que ainda não saiu do livro em direção ao cinema, já que já foi confirmado que Quem é você, Alasca vai virar filme em seguida de A Culpa é das Estrelas e de Cidades de Papel. Mas cadê o Teorema Katherine no cinema? Cadê? To esperando.
O Colin tem um sério problema ele só se envolve romanticamente com Katherines, não de propósito, mera brincadeira do destino e depois que a décima nona termina com ele partindo o  seu coração, ele vai ser levado pelo seu melhor amigo numa roadtrip enquanto busca pelo seu momento eureka ao mesmo tempo que cria anagramas e me faz rir. Esse pra mim é o livro mais leve do autor, sem dramas (que me fazem morrer de chorar toda vez) ou desaparecimentos.

Fangirl (Rainbow Rowell):



O meu queridinho do momento. Dos livros dessa lista esse foi lido esse ano e foi a minha leitura mais recente e compulsiva do momento. É até difícil falar do livro porque eu fiquei apaixonada. Me identifiquei e amei personagens, larguei da vida no último domingo pra ler. Foi a minha leitura do fim de semana e ainda não consegui superar o suficiente para começar outro livro. Esse é um problema sério que eu tenho, se eu me envolvo muito na história eu não consigo já ler outro em sequência, exceto quando é a continuação. Mas nessa lista não temos continuações, então eu sofri um pouquinho, no entanto foi desse livro que surgiu a vontade de fazer esse post. Vamos a história, Cath é uma nerd que escreve fanfics da sua série literária favorita, só que diferente da sua irmã gêmea que consegue levar a vida fora do mundo das fanfictions, Cath é muito presa a esse mundo que ela conhece e vive melhor que o seu. Só que ao chegar na faculdade sua irmã decidi que quer desgrudar da gêmea e ter novas aventuras, deixando Cath perdida e mais envolvida na sua própria história. E ai as coisas vão desenrolar e fica difícil de largar quando as coisas começam a se embolar, e garotos aparecem para conquistar nossos corações... Esse é o maior da lista com 400 páginas, mas admito que eu devo ter lido umas 80 no sábado e o restante no domingo, dando adeus a minha vida e ficando acordada até acabar de ler.

Além das fotos que estão ilustrando a lista eu tirei algumas outras e aqui estão elas:



As primeiras linhas de Orgulho e Preconceito



Início de Bela Maldade

O anagrama e dedicatória feito por John Green para sua esposa



Espero que tenham gostado, se tiverem dicas de outros livros podem me falar e vai que esse post não ganha um continuação?

x.o.x.o